Dividir o sofrimento, ajudar mulheres sobrevivendo na vulnerabilidade. É assim O MAPA DO ACOLHIMENTO. Une advogadas, psicólogas, assistentes sociais a mulheres que na maioria das vezes estão sem ânimo para lutar pelo direito de uma vida tranquila. Conheça a rede de solidariedade que conecta mulheres que sofrem ou sofreram violência de gênero a psicólogas e advogadas dispostas a ajudá-las de forma voluntária.
A querida Paulinha Felix (Procuradora do Estado de Goiás), não pensou duas vezes e é voluntária nesse projeto lindo, acolhedor que orienta, escuta e acolhe. Mulheres que acolhem outras mulheres. Veja o que ela diz:
"Foi uma surpresa ver que a Cícera me “marcara” em uma publicação do Instagram: pouca gente faz isso comigo e eu loguinho quis saber do que se tratava, sem me aguentar de curiosidade. Foi assim que eu conheci o Mapa do Acolhimento, que convidava voluntárias para socorrer mulheres vítimas de violência psicológica e de gênero.
O primeiro desafio: minha formação acadêmica. Ok que precisavam de advogadas – e eu sou uma - mas eu nunca tinha lidado com Direito de Família, Processo e Direito Penal nem muito menos enfrentado as minudências da Lei Maria da Penha... só Direito Público. Mas logo constatei que o mais importante – como em tudo aquilo em que colocamos nossos corações – era a boa vontade.
As voluntárias do Mapa do Acolhimento, mulheres com formação em Psicologia, Serviço Social, ou Direito, tem essa característica em comum: a boa vontade. Há inclusive um grupo de Whattsapp para trocarmos ideias e nos auxiliarmos mutuamente, e todas estamos interessadas em socorrer as vítimas naquilo que necessitarem.
Esse é o objetivo.
Eu, até hoje, só fui procurada por uma jovem: ela fora vítima de violência psicológica do ex-companheiro que ameaçava tomar-lhe o filho. Matéria novíssima pra mim, liguei no Ministério Público, pedi socorro para algumas amigas que atuam na área e me socorri com as outras voluntárias: logo a jovem estava assistida e tinha conseguido uma medida protetiva.
Pode parecer pouco, mas acredito que para ela foi significativo. Como seria para mim ou para você, caso se encontrasse ameaçada, sem recursos financeiros e sem a quem recorrer. Já imaginou¿ Então, se você tem conhecimento em alguma dessas áreas, se te sobra um pouquinho de tempo e se você acredita que pode ser a transformação que quer para o mundo, porquê não se junta a nós? Tenho certeza que fazer o bem vai te fazer bem também".
Não se cale! A Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180, escuta e acolhe às mulheres em situação de violência. Funciona 24 horas por dia, de segunda a domingo, inclusive feriados. A ligação é gratuita e pode ser feita de qualquer lugar do Brasil e em outros 16 países.
Clic e conheça: Mapa do Acolhimento