“O que aconteceu com a ministra Vera Lúcia é um retrato fiel do que acontece todos os dias no Brasil. Um racismo institucional que se esconde atrás de desculpas e que, por isso mesmo, segue crescendo e se espalhando impunemente.
Fica a pergunta: se uma ministra, com a identificação na mão, foi barrada na entrada de um prédio público… o que sobra para as milhares de mulheres negras que vivem no anonimato?
Infelizmente, isso não é exceção. É a regra. É o cotidiano. E enquanto não enfrentarmos essa estrutura com coragem e compromisso real, nada muda. “
Caso esdrúxulo
Ministra substituta do TSE Vera Lúcia Santana Araújo foi barrada em um Seminário da Comissão de Ética Pública da Presidência da República no auditório do edifício-sede da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), na sexta-feira, 16 de março, em Brasília.
O que merece atenção é o tema do evento: Gestão Pública - Prevenção ao Enfretamento ao Assédio e a Discriminação.
Barrar convidada? Quem explica: Barrar uma pessoa seja ela, quem for, branca, amarela, negra ou azul? Não fizeram a lição de casa. Na minha opinião: menos seminários, mais ações. Menos fotos em painéis “eu fui”, mais “eu respeito" em todos os ambientes.
A ministra foi muito superior e educada em palestrar!
Larissa Rosenda:
Primeira mulher negra a ocupar a presidência da Ordem no Tocantins. Atua com ênfase em direito Cível e previdenciário, defesa dos direitos das mulheres e inclusão social. Advogada, vice-presidente da OAB Tocantins, mestre em Prestacao Jurisdicional e Direitos Humanos pela UFT/ESMAT.
Professora, palestrante e líder de iniciativas voltadas as mulheres, à equidade racial, à valorização da advocacia e à transformação do acesso à Justiça.