Usando apenas manipulação de luz e efeitos práticos, artista conta histórias e provoca o terror e a tensão A fotógrafa bebe de diferentes fontes para construir a sua estética. Seus cliques são criados com base em um misto de técnicas, como a utilização de efeitos práticos para reproduzir ferimentos ou sangue falso e a caracterização dos personagens, muitos deles sem rosto como nas pinturas de René Magritte. As fotos de Yara evocam a sensação que os bons filmes de terror devem causar: o de se sentir observado, perseguido e em perigo - exatamente o sentimento que consome os protagonistas das obras.
O campo da fotografia de terror ainda é pouco explorado no Brasil e Yara ocupa nesse espaço um papel importante. Sendo uma das poucas mulheres a trabalhar com esse nicho, ela faz questão de multiplicar sua presença, técnicas e seu pioneirismo nesse ramo. A fotógrafa já encabeçou palestras e oficinas ensinando como criar ensaios do gênero e pode explicar os conceitos de storytelling, da produção artesanal de efeitos e como direcionar os modelos presentes nas imagens. Yara se responsabiliza não só em representar as mulheres em um espaço dominado por homens, mas também em fomentar e desenvolver o nicho.
“Trabalho com o que tenho à mão e com quem está à frente da câmera. Para mim, o medo funciona melhor quando é palpável. O gênero de terror foi criado para causar desconforto e sentir emoções que muitas vezes evitamos. Minhas fotos têm a intenção de causar essas sensações, seja pelo surrealismo ou pelas cenas gráficas.” afirma Yara Oliveira.
Seu talento já foi reconhecido de diferentes maneiras. A artista foi participante do reality show do SyFy Channel, o Cine Lab Aprendiz. Yara foi selecionada para integrar o programa, que visa desenvolver talentos no universo do cinema e dos efeitos visuais. Além desta experiência, foi escolhida para conduzir duas oficinas sobre sua estética, a primeira mulher a realizar esse trabalho de forma pública a aberta.
Sobre Yara Oliveira
Yara Oliveira é fotógrafa de horror e pioneira no Brasil, graduada em Comunicação Social pela Anhembi Morumbi. Foi participante da primeira temporada do Cine Lab Aprendiz no canal SYFY e realiza oficinas e palestras sobre fotografia de terror em universidades e eventos culturais. Seu trabalho valoriza efeitos práticos e narrativas visuais, explorando desde o horror psicológico até o gore, sempre com foco na experiência emocional do espectador.