O que se vê ao olhar o autorretrato de Frida Kahlo com colete de aço e torso enfaixado… Ao observar Frida Kahlo enfaixada, eu vejo além da artista pintando a si mesma: vejo a alma de uma mulher expondo sua dor com coragem e arte. No quadro, Frida aparece com o corpo envolto por faixas, como se estivesse tentando manter unidos os pedaços que a vida insistiu em quebrar. Os ferimentos físicos revelam marcas de perdas, medos e lembranças que lhe pesaram a alma.
Mesmo assim, seus olhos não se apagam. Há neles uma firmeza silenciosa, quase desafiadora. É como se ela dissesse ao mundo que, embora machucada, continua altiva, inteira por dentro. O fundo do quadro, simples e claro é… “Moldado pelo silêncio de um deserto, o autorretrato Enfaixada, de Frida Kahlo, sussurra que cada deserto que atravessamos é apenas nosso. E é nele que descobrimos quem realmente somos.” transmite a sensação de poder e fragilidade imposto pelos acontecimentos, sua figura sempre será o centro da narrativa, uma história de resistência.
O colete que ela usa, rígido e desconfortável, simboliza o peso dos tratamentos e limitações que enfrentou a vida inteira. Mas Frida se funde a esse objeto duro gritando silenciosamente, que existe arte na dor.



