UM OLHAR SOBRE ENFAIXADA DE FRIDA KALHO

CULTURA - O médico fisiatra Tiago Vieira Fernandes (diretor técnico do CER IV de Araguaína do Hospital de Amor) fez uma parada especial que merece registro. Entre dias intensos de aprendizado, Tiago visitou pela primeira vez a icônica Casa Azul, o Museu Frida Kahlo, em Coyoacán. Encantado com a força poética da artista, ele dividiu com a CCMNC um belíssimo clique do célebre autorretrato "Enfaixada", obra que carrega a dor e a resiliência que marcaram a vida de Frida. "Enfaixada é um autorretrato que convida o olhar a recolher-se para dentro, lembrando que das feridas que o tempo abre e das cicatrizes que a vida borda, nascem a força secreta e a beleza profunda que habitam o ser humano."

O que se vê ao olhar o autorretrato de Frida Kahlo com colete de aço e torso enfaixado… Ao observar Frida Kahlo enfaixada, eu vejo além da artista pintando a si mesma: vejo a alma de uma mulher expondo sua dor com coragem e arte. No quadro, Frida aparece com o corpo envolto por faixas, como se estivesse tentando manter unidos os pedaços que a vida insistiu em quebrar. Os ferimentos físicos revelam marcas de perdas, medos e lembranças que lhe pesaram a alma.

Mesmo assim, seus olhos não se apagam. Há neles uma firmeza silenciosa, quase desafiadora. É como se ela dissesse ao mundo que, embora machucada, continua altiva, inteira por dentro. O fundo do quadro, simples e claro é… “Moldado pelo silêncio de um deserto, o autorretrato Enfaixada, de Frida Kahlo, sussurra que cada deserto que atravessamos é apenas nosso. E é nele que descobrimos quem realmente somos.” transmite a sensação de poder e fragilidade imposto pelos acontecimentos, sua figura sempre será o centro da narrativa, uma história de resistência.

O colete que ela usa, rígido e desconfortável, simboliza o peso dos tratamentos e limitações que enfrentou a vida inteira. Mas Frida se funde a esse objeto duro gritando silenciosamente, que existe arte na dor.